O crédito de carbono é um mecanismo que visa reduzir as emissões de gases de efeito estufa na atmosfera, por meio da compensação financeira de projetos que evitam ou sequestram o carbono. Cada crédito equivale a uma tonelada de CO2 que deixou de ser emitida ou foi removida do ar.
O mercado de créditos de carbono pode ser dividido em dois segmentos: o regulado e o voluntário. O primeiro é baseado em acordos internacionais, como o Protocolo de Kyoto e o Acordo de Paris, que estabelecem metas e regras para os países reduzirem suas emissões. O segundo é movido pela demanda de empresas, instituições e indivíduos que querem neutralizar sua pegada de carbono, por iniciativa própria ou por pressão da sociedade.
No Brasil, o mercado voluntário de créditos de carbono ainda é incipiente, mas vem ganhando força com a participação de grandes empresas e bancos. Um exemplo é o Banco do Brasil, que anunciou recentemente um conjunto de iniciativas para apoiar seus clientes na originação, no desenvolvimento e na negociação de créditos de carbono.
Uma das novidades é que o Banco do Brasil está aceitando crédito de carbono como forma de pagamento por imóveis rurais. A modalidade de pagamento é inédita no país, e, segundo o banco, foi adotada com o objetivo de apoiar o desenvolvimento sustentável do país. O uso desses créditos pode ser tanto para pagamento integral como parcial do imóvel.
De acordo com a Agência Brasil, os imóveis estão localizados em Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina. Para participarem do certame, os interessados precisam se cadastrar no site da leiloeira oficial do BB, www.lancenoleilao.com.br, com até 24 horas de antecedência da disputa.
“A compra pode ocorrer 100% online, com pagamento em moeda corrente e certificados de crédito de carbono, ou integralmente, em créditos de carbono. Esses serão aceitos no valor unitário máximo de R$ 88,27 em ambas as possibilidades”, informou o banco ao destacar que os créditos de carbono devem ser gerados conforme “padrões e termos reconhecidos pelo mercado regulado ou pelo mercado voluntário, como o Verified Carbon Standard”.
Além da possibilidade de comprar imóveis rurais com créditos de carbono, o Banco do Brasil também oferece apoio aos seus clientes na originação desses ativos. Para isso, foram estruturadas parcerias com empresas, startups e climatechs renomadas e atuantes no mercado voluntário de carbono para oferecerem apoio técnico para a elaboração de projetos das mais diversas metodologias, tais como: desmatamento evitado, recuperação de florestas, agricultura de baixo carbono, recuperação de áreas degradadas, integração lavoura-pecuária-floresta e energia.
O vice-presidente de Governo e Sustentabilidade Empresarial do BB, Barreto Júnior, reforça que o Banco tem se debruçado sobre o tema da descarbonização e que a originação é uma das frentes do programa. “Por meio de mapeamento georreferenciado das propriedades, identificamos quem tem excedente de reserva legal, e podemos fazer uma abordagem ativa”, explica.
Na ótica da comercialização, Barreto complementa que o Banco atua como um intermediário, que conectará quem vender o crédito de carbono e quem precisa comprá-lo para compensar suas emissões. “A partir de agora, temos condições de acolher clientes interessados na compra e ou na venda e fazer o cruzamento desses interesses de forma rápida, fluida, segura e com a solidez que a marca Banco do Brasil tem”, conclui.
Com essas iniciativas, o Banco do Brasil se posiciona como um agente facilitador e fomentador do mercado voluntário de créditos de carbono no país, contribuindo para a transição para uma economia mais verde e sustentável.
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