Independente do resultado das eleições gerais na Índia, a relação do Brasil com o país continuará “sendo muito boa”, de acordo com o embaixador do Brasil na Índia, André Aranha. “Qualquer que seja o governo, vamos poder fortalecer a relação com o país”, diz.
A maior eleição do mundo, com 900 milhões de eleitores, está chegando ao fim. Neste domingo (12), ocorre a sexta de sete fases de votação. Tamanha a logística necessária para garantir a segurança do pleito, as eleições são divididas em fases de acordo com as regiões do país. Entre os locais onde ocorrerá votação neste final de semana, está a capital, Nova Deli.
Os indianos irão escolher os membros do parlamento que, por sua vez, escolherão o novo primeiro-ministro. A contagem de votos será feita no dia 23 de maio. Dois nomes estão entre os mais cotados para essa posição, o atual primeiro-ministro, Narendra Modi, que concorre à reeleição, e o presidente do Congresso Nacional indiano, Rahul Gandhi.
“Modi é um grande líder no sentido de buscar o progresso, o avanço, a aproximação entre os Brics [formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul] e também entre os países que compõem o Ibas, Fórum de Diálogo Índia, Brasil e África do Sul”, diz Aranha, que complementa, “Raul Gandhi é herdeiro da grande tradição política indiana e também tem laços fortes e positivos com o Brasil”.
Educação
Aranha participou de um evento em um dos escritórios do Banco Mundial, em Nova Deli, para discutir a educação na Índia e no Brasil. A atividade fez parte da 11ª Missão Técnica Internacional do Semesp, que reúne reitores e representantes de instituições particulares de ensino superior do Brasil.
Na educação, de acordo com Aranha, os dois países ainda podem estreitar os laços de cooperação. “Juntos somos 1,5 bilhão de pessoas, isso faz com que haja inúmeras possibilidades que podemos desenvolver. Agora como fazer isso? Temos que nos conhecer melhor”.
De acordo com Aranha, não nos conhecemos. “São poucos os brasileiros que vêm aqui, poucos indianos vão ao Brasil. Temos que intensificar isso, trazer estudantes, trazer acadêmicos, assegurar que possamos encontrar respostas para problemas que nos afetam e que precisamos superar”.
Segundo a Associação de Universidades Indianas, os últimos dados do governo mostram que apenas 18 brasileiros estão matriculados nas instituições da Índia, sendo dez mulheres.
* A repórter viajou à convite do Semesp
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Edição: Narjara Carvalho