Um estudo recente conduzido por cientistas que analisaram os dados fornecidos pelos sistemas da espaçonave revelou que a LISA Pathfinder foi atingida pela passagem de grãos de poeira cósmica em pelo menos 50 ocasiões. Ao examinar essas colisões, a equipe de pesquisa descobriu as origens da poeira.
“O que torna essa técnica possível é a excelente precisão dos sensores da LISA Pathfinder. Um interferômetro de laser foi usado para medir a distância entre as massas de teste e a espaçonave com uma precisão de menos de um trilionésimo de metro”, disse Ira Thorpe, membro da equipe que realizou os cálculos na NASA
O estudo sugere que a maior parte da poeira que permeia o espaço nas vizinhanças do nosso planeta se origina de cometas que circundam Júpiter “com alguma evidência de uma contribuição menor dos cometas do tipo HaLley”, com Thorpe observando que “isso é inteiramente consistente com os modelos e outras observações independentes”.
A revista Physics World também destaca Mark Jones. Especialista na nuvem de poeira zodiacal da Universidade Aberta do Reino Unido, Jones disse que este estudo “fornece uma nova maneira de distinguir entre várias fontes de pó de cometas e asteróides — algo que tem sido um tópico de debate por muitos anos”.
Ele apontou que atualmente não há dados suficientes “para o estudo fornecer informações de alta qualidade sobre as fontes de poeira”, mas argumentou que a “técnica parece ser sólida e oferece muitas promessas”.