Ou seja, 96% deles são maiores do que a Terra, sendo mais parecidos com o gigante gasoso Netuno ou Júpiter. São muito poucos os planetas pequenos encontrados pelos especialistas.
Nesta semana, foi anunciada por astrônomos a descoberta de 18 exoplanetas que se enquadram na categoria daqueles que possuem o mesmo tamanho da Terra. Mas a grande novidade é que um desses planetas é um pouco menor do que o nosso, que cria uma expectativa maior sobre a Terra 2.0.
O planeta recém-descoberto é o EPIC 201497682.03, que se encontra nas proximidades da estrela anã vermelha chamada EPIC 201497682, que está a 831 anos-luz do nosso Sistema Solar, entre as constelações de Leão e Virgem, segundo a Forbes.
O EPIC estava na lista de alvos a serem observados pela missão K2, do telescópio espacial Kepler da NASA. Entretanto, o EPIC 201497682 também é conhecido como UCAC4 453-051784, 2MASS J11154478+0029171 e Gaia DR2 3810098271767907840.
“Quando observamos a estrela, agora vemos a luz que emergiu desse sistema a uns 300 anos antes de Cristóvão Colombo chegar às Américas”, afirmou o Dr. Rene Heller.
Planetas pequenos são mais difíceis de rastrear do que os grandes, por isso, os especialistas encontram os exoplanetas através da queda de brilho à medida que um planeta transita em frente à estrela hospedeira.
Nesse ponto, a grande diferença é que os grandes planetas sofrem uma queda repentina no brilho, o que facilita sua detecção, enquanto que os pequenos planetas sofrem uma queda muito pequena, dificultando a detecção.
Com relação à possibilidade desses exoplanetas serem ou não habitáveis, deve-se destacar que a maioria deles é excessivamente quente. Sendo que apenas um deles reside na “zona habitável”, o planeta chamado EPIC 201238110.02.
Uma missão espacial chamada PLATO (Trânsito Planetário e Oscilação de Estrelas) deve ser lançada em 2026 e reunirá o primeiro catálogo de planetas confirmados, bem como planetas na zona habitável de suas estrelas hospedeiras.
Com isso, centenas de planetas rochosos, gelados e grandes serão estudados, além de terem seus raios, massas e idades precisamente medidos. Com isso, os especialistas obterão uma melhor compreensão sobre a formação de planetas e evolução dos sistemas planetários.
“Com nosso satélite PLATO, estamos nos focando em planetas semelhantes à Terra orbitando para a zona habitável em torno de outras estrelas semelhantes ao Sol. Esse será um grande passo para encontrar outra Terra”, afirmou Johann-Dietrich Worner, diretor da ESA.