Pela primeira vez desde o início dos registros meteorológicos no século 19 na França, a Météo-France observou sexta-feira às 15h locais (10h em Brasília) a temperatura de 45,1 ° C em Villevieille, no sul do país, onde quatro departamentos foram colocados em “vigilância” onda de calor vermelho “, o alerta máximo. Mas, às 17h, a região de Gard (também no Sul) bateu o recorde de temperatura, chegando a 45,8°C.
“A França junta-se ao clube dos países europeus que têm o seu registo nacional de temperatura pelo menos igual a 45 °C, como Bulgária, Portugal, Itália, Espanha, Grécia e Macedónia do Norte” disse no Twitter um dos especialistas do Serviço Meteorológico Francês, François Jobard.
15 mil franceses morreram em 2003 por causa do calor
Recentemente, a cidade de Carpentras, no sul do país, já havia quebrado o recorde nacional de agosto de 2003 (44,1 graus), ano de um calor particularmente traumático para a França, por causa das 15 mil mortes que causou.
Nas ruas das cidades do sul do país, os idosos, em particular, caminhavam lentamente antes das 8h para fazer suas compras. “Eu vou na abertura da loja, mas o sol já está queimando e sentimos a poluição”, explicou Suzette Allègre, 81 anos, em Montpellier. Ela anda com dificuldade, sua sacola de compras na mão, óculos escuros e chapéu na cabeça.
Mas é no oeste do país que aconteceu a quarta morte desta onda de calor que atinge a maioria dos países europeus, com magnitude excepcional em junho: um carpinteiro de 33 anos teve um desmaio fatal, enquanto trabalhava em cima de um telhado, aos 35°C na sombra, perto da cidade de Rennes.