Os astrônomos da universidade do estado norte-americano de Pensilvânia criticaram os argumentos em defesa do paradoxo de Fermi, segundo o qual a humanidade não observa vestígios da atividade das civilizações extraterrestes na Via Láctea, embora os devessem ter detectado se os alienígenas existissem.
De acordo com os cientistas, a parte do espaço estudado no âmbito do projeto SETI (Busca por Inteligência Extraterrestre) é pequena demais para tirar quaisquer conclusões.
A pré-publicação do artigo foi divulgada no portal cientifico Arxiv.org.
O paradoxo de Fermi é usado para descrever as discrepâncias entre as estimativas otimistas da probabilidade de existência de civilizações extraterrestres e a falta de evidências da existência de tais civilizações.
Os cientistas norte-americanos sugeriram várias explicações para o fenômeno.
Por exemplo, extraterrestres podem morrer antes de serem detectados, ou podem não conseguir entrar em contato com a humanidade devido à gravidade forte demais ou a paragem no desenvolvimento tecnológico.
Uma das formulações do paradoxo de Fermi é o Fato A, que aponta que as naves extraterrestres devem frequentar o Sistema Solar e a Terra com grande frequência.
Entretanto, os cientistas vieram criticar a formulação, já que até mesmo na Terra existem locais em que as tecnologias de ponta modernas não penetraram.
Além disso, os pesquisadores norte-americanos se mostraram céticos em relação à concepção do “silêncio sinistro” de Paul Davis, que aponta a ausência na Galáxia de “radiofaróis” de origem artificial.
De acordo com as conclusões dos astrônomos, ainda pouco foi estudado para se afirmar sobre a ausência de radiofaróis. Os cientistas comparam isso com a afirmação sobre a ausência de animais marinhos com base em um copo d’água tirada do oceano.