O déficit em transações correntes (compras e vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda do país com outras nações) chegou a US$ 62 milhões, segundo dados divulgados hoje (27), pelo Banco Central (BC). O resultado ficou próximo do registrado em igual mês de 2018: déficit de US$ 61 milhões.
De janeiro a abril, o déficit chegou a US$ 8,225 bilhões, contra US$ 9,062 bilhões em igual período do ano passado.
Entre os dados das contas externas está a balança comercial, que registrou superávit de US$ 5,539 bilhões, em abril e acumulou US$ 14,899 bilhões, nos quatro meses do ano.
Por outro lado, a conta de serviços (viagens internacionais, transporte, aluguel de investimentos, entre outros) registrou saldo negativo de US$ 3,019 bilhões, em abril, e de US$ 9,707 bilhões, no primeiro quadrimestre.
A conta renda primária (lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários), que também faz parte das transações correntes, ficou negativa em US$ 2,854 bilhões no mês passado e em US$ 14,324 bilhões, em quatro meses.
A conta de renda secundária (renda gerada em uma economia e distribuída para outra, como doações e remessas de dólares, sem contrapartida de serviços ou bens) teve resultado positivo de US$ 272 milhões, em abril, e de US$ 906 milhões, em quatro meses.
Investimento estrangeiro
Em abril, o resultado negativo para as contas externas foi totalmente coberto pelos investimentos diretos no país (IDP). Quando o país registra saldo negativo em transações correntes precisa cobrir o déficit com investimentos ou empréstimos no exterior.
A melhor forma de financiamento do saldo negativo é o IDP, porque os recursos são aplicados no setor produtivo. No mês passado, o IDP chegou a US$ 6,957 bilhões. Em igual mês de 2018, esses investimentos chegaram a US$ 2,970 bilhões. No primeiro quadrimestre, esses investimentos totalizaram US$ 28,069 bilhões, contra US$ 23,892 bilhões em igual período do ano passado.