Quando um enorme asteroide caiu na Terra há uns 66 milhões de anos, não só dinossauros se tornaram vítimas da catástrofe.
Incêndios provocados pelo asteroide, chuvas ácidas e uma drástica alteração climática extinguiram quase todas as árvores do planeta, sugere uma pesquisa publicada pela revisa Current Biology.
Mesmo com a realização de inúmeras escavações para análise dos restos de árvores da rocha sedimentar, o efeito devastador da catástrofe é avaliado mais eficazmente a partir do conhecimento da diversidade de aves nos tempos modernos com o mapeamento da árvore genealógica e classificação de múltiplos fósseis.
Assim, biólogos descobriram que toda a fauna das aves existentes e fósseis, posteriores ao período Cretáceo tardio, provêm de uma variedade reduzida de aves terrestres, ou seja, que faziam ninhos no solo. A grande diversidade de aves arbóreas das épocas geológicas anteriores ao impacto, da qual temos a constância paleontológica, acabou por ser completamente extinta.
Depois da extinção
Toda a nova geração de aves apresentava patas mais longas e robustas, algo que se vê em esqueletos fossilizados e em espécies tais como kiwi ou emu. Outras mudanças na anatomia das aves foram percebidas.
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“Hoje em dia as aves são o grupo mais diverso e estendido pelo mundo dos animais vertebrados terrestres”, comentou o biólogo americano, Daniel Field, ao site Science Daily, ressaltando que há cerca de 11.000 espécies.
“Somente um punhado de linhagens das aves ancestrais conseguiu sobreviver à extinção massiva”, destacou, afirmando que a continuação de “toda a diversidade maravilhosa de pássaros atuais pode ser traçada através dos antigos sobreviventes”.
Durante o período Paleogeno, ou seja, época de recuperação do impacto do meteorito (66-23 milhões de anos), a diversidade das plantas foi restabelecida em meio a uma predominância de samambaias, enquanto a fauna das aves voltou a se desenvolver a partir das espécies terrestres sobreviventes. Pouco a pouco, os novos pássaros foram enchendo ninhos vazios em arbustos e árvores.