A inteligência artificial (IA) tem sido uma das áreas mais promissoras e desafiadoras da medicina digital. Embora muitos especialistas prevejam que a IA irá substituir profissionais de saúde em diversas funções, a realidade mostra que a adoção dessa tecnologia ainda enfrenta muitas barreiras e limitações, especialmente em países de alta renda. Por outro lado, alguns…
Essa é a tese do artigo “Upending the model of AI adoption”, publicado na revista The Lancet em junho de 2023. Os autores, Saurabh Jha e Eric J Topol, analisam casos de sucesso e fracasso na aplicação da IA na medicina e apontam os fatores que influenciam na difusão dessa tecnologia.
Segundo eles, a IA tem um potencial enorme para melhorar a qualidade, a acessibilidade e a eficiência dos serviços de saúde, mas também apresenta riscos éticos, legais e sociais. Por isso, é preciso considerar o contexto, a cultura e as necessidades de cada país e região para desenvolver e adotar soluções adequadas.
Os autores citam exemplos de como a IA tem sido usada para diagnosticar tuberculose em países como Índia, China e Vietnã, com precisão superior à dos radiologistas humanos. Eles também mencionam como a IA tem permitido realizar ultrassonografias em locais remotos da África e do Nepal, usando smartphones conectados a sondas portáteis. Além disso, eles destacam como a IA tem auxiliado na detecção de anemia em crianças de Gana, usando colorimetria facial.
Esses casos mostram que a IA pode ser uma aliada para superar as limitações de infraestrutura, recursos humanos e financeiros que afetam os sistemas de saúde de muitos países em desenvolvimento. No entanto, os autores alertam que isso não significa que a IA possa substituir os profissionais de saúde ou ignorar as normas éticas e regulatórias. Eles defendem que a IA deve ser vista como uma ferramenta complementar, que requer validação científica, supervisão humana e participação social.
O artigo conclui que a adoção da IA na medicina não segue um modelo linear ou uniforme, mas depende das características e demandas de cada cenário. Os autores sugerem que os países de alta renda aprendam com as experiências dos países de baixa e média renda e busquem soluções mais adaptáveis, inclusivas e colaborativas.
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