O Brasil tem 203 milhões de habitantes, segundo o Censo Demográfico 2020 divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (28).
O número é menor do que o projetado pelo próprio IBGE em 2019, que era de 211 milhões.
O Censo é a principal fonte de dados sobre a população brasileira e suas características socioeconômicas. Ele é realizado a cada dez anos e abrange todos os domicílios do país. O levantamento foi adiado em 2020 por causa da pandemia de covid-19 e enfrentou dificuldades de financiamento e de contratação de recenseadores.
De acordo com o IBGE, a população brasileira cresceu 8,6% entre 2010 e 2020, uma taxa média anual de 0,8%. Esse ritmo é menor do que o observado na década anterior, quando a população aumentou 12,3%, ou 1,2% ao ano.
A redução do crescimento populacional se deve principalmente à queda da fecundidade, ou seja, do número médio de filhos por mulher. Em 2020, a taxa de fecundidade foi de 1,7 filho por mulher, abaixo do nível de reposição populacional, que é de 2,1. Em 2010, essa taxa era de 1,9.
Outro fator que influenciou o resultado do Censo foi a mortalidade. A expectativa de vida ao nascer aumentou de 73,9 anos em 2010 para 76,7 anos em 2020. No entanto, a pandemia de covid-19 provocou um excesso de mortes no país, especialmente entre os idosos. Em 2020, foram registrados 1.455.590 óbitos, um aumento de 8,6% em relação a 2019.
O Censo também mostrou que o Brasil está envelhecendo. A proporção de pessoas com 60 anos ou mais passou de 12,1% em 2010 para 16,4% em 2020. Já a parcela de crianças e adolescentes com até 14 anos caiu de 24,1% para 20%. A população em idade ativa (15 a 59 anos) se manteve estável em torno de 63%.
Entre as regiões do país, o Sudeste continua sendo a mais populosa, com 87 milhões de habitantes, seguida pelo Nordeste (57 milhões), Sul (30 milhões), Norte (19 milhões) e Centro-Oeste (17 milhões). A região Norte foi a que mais cresceu proporcionalmente (15%), enquanto o Sul foi a que menos cresceu (5%).
São Paulo é o estado mais populoso do Brasil, com 46 milhões de habitantes, seguido por Minas Gerais (21 milhões), Rio de Janeiro (17 milhões) e Bahia (15 milhões). Roraima é o estado menos populoso, com apenas 652 mil habitantes.
Entre as capitais, São Paulo também lidera o ranking, com 12 milhões de habitantes, seguida por Rio de Janeiro (6 milhões), Brasília (3 milhões) e Salvador (3 milhões). A capital menos populosa é Palmas, com 313 mil habitantes.
O Censo também revelou que o Brasil tem cerca de 71 milhões de domicílios ocupados. Desse total, 86% são casas e 14% são apartamentos. A maior parte dos domicílios é própria (67%), seguida por alugada (19%) e cedida (13%).
O acesso a serviços básicos melhorou na última década. Em 2020, 99% dos domicílios tinham acesso à eletricidade, 88% tinham acesso à rede geral de abastecimento de água e 68% tinham acesso à rede geral de esgotamento sanitário. Além disso, 80% dos domicílios tinham acesso à internet.
O Censo também coletou informações sobre renda, educação, trabalho, saúde e religião da população brasileira. Esses dados serão divulgados posteriormente pelo IBGE.
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