A mudança climática é um dos maiores desafios da humanidade, mas também pode ter um impacto negativo na saúde das pessoas.
Um novo estudo mostrou que a mudança climática pode aumentar o risco de epidemias de doenças infecciosas, afetando milhões de vidas em todo o mundo.
O estudo, publicado na revista Nature Climate Change, é uma meta-análise de mais de 100 artigos científicos sobre a relação entre a mudança climática e os patógenos humanos. Os pesquisadores descobriram que a mudança climática pode agravar mais de 50% dos patógenos humanos conhecidos, incluindo vírus, bactérias, fungos e parasitas.
Um dos mecanismos pelos quais a mudança climática pode favorecer as doenças infecciosas é alterando a distribuição e a atividade dos vetores, como os mosquitos. Por exemplo, o aumento da temperatura pode expandir o alcance geográfico dos mosquitos que transmitem doenças como dengue, chikungunya e malária. Segundo a Organização Mundial da Saúde, essas doenças são responsáveis por mais de um milhão de mortes por ano.
Outro mecanismo é o aumento da frequência e da intensidade dos eventos climáticos extremos, como secas, inundações e tempestades. Esses eventos podem causar deslocamento de populações, escassez de água potável e saneamento inadequado, criando condições propícias para a propagação de doenças. Por exemplo, o risco de cólera, uma doença diarreica causada por uma bactéria, aumenta após as inundações, pois a água contaminada pode entrar em contato com fontes de água potável.
Um terceiro mecanismo é a alteração das condições ambientais, como a umidade, a precipitação e a vegetação. Essas condições podem influenciar o ciclo de vida e a transmissão dos patógenos. Por exemplo, o derretimento do permafrost, uma camada de solo permanentemente congelada nas regiões polares, pode liberar patógenos antigos que estavam adormecidos no gelo. Em 2016, um surto de antraz na Sibéria foi atribuído à liberação de esporos da bactéria que causa a doença a partir do permafrost derretido.
Os pesquisadores alertam que é urgente tomar medidas para mitigar os efeitos da mudança climática na saúde humana. Eles sugerem que é preciso fortalecer os sistemas de vigilância e resposta às doenças infecciosas, bem como promover a adaptação e a resiliência das comunidades vulneráveis. Além disso, eles defendem que é necessário reduzir as emissões de gases de efeito estufa e buscar soluções sustentáveis para o desenvolvimento econômico e social.
Fonte: Link.
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