O apresentador Fausto Silva, o Faustão, passou por uma cirurgia de transplante de coração neste domingo, 27, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.
Ele estava internado desde o dia 20 de agosto, quando sofreu uma parada cardíaca e foi diagnosticado com insuficiência cardíaca grave.
Segundo o boletim médico divulgado pelo hospital, o transplante foi bem-sucedido e o apresentador está em recuperação na UTI. O doador foi um jovem de 19 anos que morreu em um acidente de moto.
A notícia do transplante gerou reações nas redes sociais, onde muitas pessoas questionaram a rapidez com que Faustão conseguiu um órgão compatível. Alguns internautas acusaram o apresentador de “furar a fila” ou de usar sua influência e dinheiro para obter vantagens.
No entanto, o filho do apresentador, João Guilherme Silva, e um médico que participou da cirurgia, Dr. Marcelo Cypel, defenderam que não houve nenhuma irregularidade no processo e pediram para que não fossem feitas acusações irresponsáveis.
Em uma postagem no Instagram, João Guilherme agradeceu ao doador e sua família e disse que seu pai estava em estado muito grave e precisava urgentemente de um transplante. Ele também afirmou que confia na equipe médica e no sistema de saúde brasileiro.
“Não existe furação de fila ou interesses escusos. Existe uma lista única, regulada pelo Ministério da Saúde e fiscalizada pela Justiça. Meu pai estava em primeiro lugar na lista porque era o paciente mais grave entre os compatíveis”, escreveu.
Em entrevista à TV Globo, o Dr. Marcelo Cypel explicou os critérios para a realização de um transplante de coração. Ele disse que existem diferentes categorias de prioridade, de acordo com o estado de saúde do paciente, e que Faustão se enquadrava na categoria 1A, a mais urgente.
“Ele tinha uma chance muito alta de morrer nos próximos dias ou semanas se não recebesse um transplante. Ele tinha uma doença cardíaca muito avançada, com risco de parada cardíaca a qualquer momento”, disse.
Além disso, o médico esclareceu que há outros fatores técnicos que influenciam na compatibilidade entre doador e receptor, como a tipagem sanguínea, o peso, a altura e a genética. Ele disse que não basta ter um órgão disponível, mas também é preciso ter um receptor adequado.
“A lista para transplantes é única e vale tanto para os pacientes do SUS quanto para os da rede privada. Não há distinção entre ricos e pobres. O que importa é a gravidade do caso e a compatibilidade do órgão”, afirmou.
Segundo dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), o Brasil realizou 281 transplantes de coração em 2020, sendo 144 na região Sudeste. No entanto, há uma grande demanda por esse tipo de cirurgia e uma escassez de doadores.
De acordo com a ABTO, há cerca de 350 pessoas na fila por um transplante de coração no país atualmente. A taxa de doação de órgãos no Brasil é de 17 doadores por milhão de habitantes, enquanto em países como Espanha e Estados Unidos é de 48 e 32, respectivamente.
Para ser um doador de órgãos, é preciso manifestar esse desejo em vida aos familiares, pois eles são os responsáveis por autorizar ou não a doação após a morte. A doação é um ato voluntário e gratuito que pode salvar muitas vidas.
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