Em meio à cúpula do clima organizada pelo presidente americano Joe Biden, Brasil, Índia e EUA anunciaram o lançamento de uma aliança de biocombustíveis.
O objetivo é promover o uso de fontes renováveis de energia e reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
Os biocombustíveis são combustíveis produzidos a partir de materiais orgânicos, como plantas, resíduos agrícolas ou animais. Eles podem substituir ou complementar os combustíveis fósseis, como gasolina, diesel ou querosene, que são derivados do petróleo e contribuem para o aquecimento global.
O Brasil é um dos maiores produtores e consumidores de etanol, um biocombustível feito a partir da cana-de-açúcar, que tem menor impacto ambiental do que a gasolina. O etanol pode ser usado em motores flex, que podem funcionar tanto com etanol quanto com gasolina, ou em motores exclusivos para etanol. Segundo o governo brasileiro, o uso do etanol evitou a emissão de mais de 500 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera desde 2003.
A Índia também tem potencial para produzir etanol a partir de biomassa e resíduos agrícolas, como palha de arroz, bagaço de cana ou casca de coco. O país tem uma meta de misturar 20% de etanol na gasolina até 2025, o que pode reduzir a dependência do petróleo importado e gerar benefícios econômicos e ambientais.
Os Estados Unidos são o maior produtor mundial de etanol, principalmente a partir do milho. O país também tem uma política de mistura obrigatória de etanol na gasolina, que varia entre 10% e 15%, dependendo do estado. Além disso, os Estados Unidos investem em pesquisas para desenvolver outros tipos de biocombustíveis, como o biodiesel, o bioquerosene e o biogás.
A aliança entre os três países pretende compartilhar experiências, tecnologias e políticas públicas para incentivar o desenvolvimento e a expansão dos biocombustíveis no mundo. Além disso, busca atrair investimentos e parcerias entre os setores público e privado dos três países. A aliança também visa contribuir para os compromissos assumidos pelos países no Acordo de Paris, que estabelece metas para limitar o aumento da temperatura média global a menos de 2°C até o final do século.
Os biocombustíveis são considerados uma alternativa sustentável e estratégica para a transição energética global. No entanto, eles também enfrentam desafios e críticas, como a competição com a produção de alimentos, o uso da água e da terra, os impactos sociais e a eficiência energética. Por isso, é importante que os biocombustíveis sejam produzidos e utilizados de forma responsável e integrada com outras fontes renováveis de energia, como a solar, a eólica e a hidrelétrica.