O Brasil está passando por uma onda de calor incomum para o mês de setembro, com temperaturas acima de 40°C em algumas cidades.
Essa situação está relacionada a um fenômeno climático chamado El Niño, que ocorre quando as águas do Oceano Pacífico ficam mais quentes do que o normal. Mas o que é o El Niño e como ele afeta o clima no Brasil?
O que é o El Niño?
O El Niño é um fenômeno climático que acontece a cada dois a sete anos, quando as águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial ficam mais quentes do que o normal. Isso altera os padrões de vento e de chuva em várias regiões do mundo, afetando o clima e o tempo.
O nome El Niño significa “o menino” em espanhol e foi dado pelos pescadores do Peru, que observaram que as águas do mar ficavam mais quentes perto do Natal, prejudicando a pesca. O El Niño faz parte de um ciclo natural chamado Oscilação Sul (ENSO), que envolve também a fase oposta, chamada La Niña, quando as águas do Pacífico ficam mais frias do que o normal.
Como o El Niño afeta o clima no Brasil?
No Brasil, o El Niño costuma causar secas nas regiões Norte e Nordeste, reduzindo a umidade do ar e aumentando o risco de incêndios florestais. Já nas regiões Sul e Sudeste, o fenômeno provoca chuvas intensas e acima da média, podendo causar inundações, enchentes e deslizamentos de terra. Além disso, o El Niño dificulta a entrada de frentes frias no país, fazendo com que as temperaturas fiquem mais altas do que o normal, especialmente no final do inverno e no início da primavera.
Por que o El Niño de 2023 é tão forte?
Segundo os meteorologistas, o El Niño de 2023 é um dos mais fortes dos últimos anos e está associado às mudanças climáticas globais, que também contribuem para o aumento da temperatura média da Terra. Por isso, o Brasil está enfrentando uma onda de calor rara para o mês de agosto e setembro, com temperaturas acima de 40°C em algumas cidades. Essa situação deve se prolongar até a segunda quinzena de setembro, quando começa a primavera.
Os especialistas alertam que os efeitos do El Niño podem trazer consequências negativas para a saúde, a agricultura, a energia e o meio ambiente. Por isso, é importante tomar medidas de prevenção e adaptação, como se hidratar bem, evitar exposição ao sol nos horários mais quentes, economizar água e energia elétrica, preservar as florestas e os recursos hídricos e acompanhar as previsões meteorológicas.