Um novo tratamento para a depressão resistente pode estar disponível em breve no Brasil.
Trata-se de um implante que estimula o nervo vago, uma estrutura que conecta o cérebro ao coração, aos pulmões e ao sistema digestivo. O implante já foi usado para controlar crises epilépticas, mas agora será testado em pacientes com depressão que não melhoram com outros métodos.
O implante consiste em um pequeno aparelho que é colocado sob a pele do peito, e que envia impulsos elétricos ao nervo vago através de um fio. Esses impulsos podem regular a atividade cerebral e alterar o humor dos pacientes. O aparelho é programado pelo médico e pode ser ajustado de acordo com a necessidade de cada pessoa.
O tratamento com o implante é considerado seguro e eficaz. Estudos realizados em outros países mostraram que o aparelho pode melhorar os sintomas depressivos em até 67% dos casos, e levar à remissão da doença em 43%. Além disso, o tratamento pode ser combinado com terapias e medicamentos, potencializando os resultados.
O implante foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas ainda não está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) ou por convênio. O procedimento envolve custos com a cirurgia, o aparelho, as baterias e os recursos humanos. O preço ainda não foi definido, mas estima-se que seja alto.
O implante para depressão resistente é uma esperança para milhares de pessoas que sofrem com essa doença. A depressão é um transtorno mental grave que afeta cerca de 11% da população brasileira, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A doença pode causar tristeza profunda, perda de interesse, ansiedade, insônia, falta de energia, dificuldade de concentração, entre outros sintomas. Em casos mais graves, pode levar ao suicídio.
Se você ou alguém que você conhece está passando por um quadro depressivo, procure ajuda profissional. Existem diversas formas de tratamento disponíveis, e o implante pode ser mais uma opção no futuro. Lembre-se: a depressão tem cura, e você não está sozinho.