Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), 17 estados brasileiros estão sob alerta laranja de baixa umidade relativa do ar, que pode variar entre 20% e 12%.
Mas o que isso significa e quais são os riscos para a saúde e o meio ambiente?
O alerta laranja é o segundo na escala de atenção do Inmet, sendo o amarelo o primeiro e o vermelho o terceiro. Ele é emitido quando há uma condição climática favorável à redução da umidade do ar, que é a quantidade de vapor de água presente na atmosfera. A umidade do ar influencia na sensação térmica, na qualidade do ar e na saúde das pessoas e dos animais.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o nível ideal de umidade do ar para o bem-estar humano é entre 40% e 70%. Quando esse nível fica abaixo de 30%, o ar se torna seco e pode causar problemas de saúde, como ressecamento da pele, irritação nos olhos, nariz e garganta, dificuldade para respirar, sangramento nasal, tosse, dor de cabeça e alergias . Além disso, a baixa umidade do ar aumenta o risco de incêndios florestais, pois a vegetação fica mais suscetível à combustão.
O alerta laranja baixa umidade é mais comum no inverno, especialmente em regiões do Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste do Brasil, onde o tempo seco e quente persiste por causa do fenômeno El Niño. O El Niño é um aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico, que altera os padrões de vento e de chuva em várias partes do mundo. No Brasil, ele provoca uma diminuição das chuvas nas regiões mencionadas, favorecendo a baixa umidade do ar.
Diante desse cenário, é importante tomar algumas medidas para se proteger dos efeitos nocivos da baixa umidade do ar. Algumas recomendações são: beber bastante líquido; evitar atividades físicas e exposição ao sol nas horas mais quentes do dia; usar hidratante para pele e umidificar o ambiente; e evitar queimadas e fogueiras. Essas atitudes simples podem fazer a diferença para a sua saúde e para a preservação da natureza.