Você já se perguntou por que algumas pessoas parecem comer muito e não engordar, enquanto outras lutam para manter o peso sob controle?
A resposta pode estar nos hormônios que regulam o apetite, a fome e a saciedade.
O apetite é a vontade de comer, que pode ser influenciada por fatores psicológicos, sociais e ambientais. A fome é a sensação física de necessidade de alimento, que é gerada por sinais químicos enviados pelo cérebro e pelo corpo. A saciedade é a sensação de plenitude e satisfação após uma refeição, que leva à diminuição do apetite e da fome.
Existem vários hormônios que participam desse complexo processo de controle do peso e do apetite, entre eles:
- A leptina, que é produzida pelas células de gordura e atua no cérebro, diminuindo a fome e aumentando o gasto energético. Pessoas com obesidade podem ter resistência à leptina, ou seja, o cérebro não responde adequadamente ao hormônio e continua estimulando a ingestão de alimentos.
- A insulina, que é secretada pelo pâncreas em resposta à elevação da glicose no sangue, após uma refeição. A insulina facilita a entrada da glicose nas células, onde é usada como fonte de energia ou armazenada como gordura. A insulina também tem um efeito inibitório sobre o apetite, mas pode perder sua eficácia em pessoas com resistência à insulina ou diabetes.
- A grelina, que é produzida pelo estômago e pelo intestino, e tem um efeito estimulante sobre o apetite e a fome. A grelina aumenta antes das refeições e diminui depois, mas pode ser alterada por fatores como o estresse, o sono e a dieta.
- A motilina, que é produzida pelo intestino e estimula a contração do estômago e do intestino, favorecendo a digestão. A motilina também tem um efeito estimulante sobre o apetite e a fome, e é liberada em ciclos de cerca de 90 minutos, entre as refeições.
Além desses hormônios, existem outros fatores que influenciam a fome e o peso, como os genes, o metabolismo, o estilo de vida, o estado emocional e as condições de saúde. Por isso, não existe uma fórmula única para emagrecer ou manter o peso ideal. Cada pessoa tem suas características individuais e precisa de uma abordagem personalizada, que leve em conta seus hábitos alimentares, sua rotina de atividade física, seu nível de estresse e seu histórico médico.
Uma dica geral é procurar se alimentar de forma equilibrada, variada e moderada, priorizando alimentos naturais e evitando os processados e ultraprocessados, que são ricos em açúcar, sal, gordura e aditivos químicos. Esses alimentos podem interferir nos mecanismos de regulação do apetite e da fome, além de causar inflamação e doenças crônicas.
Outra dica é prestar atenção aos sinais do corpo e comer apenas quando sentir fome, e não por ansiedade, tédio ou compulsão. Também é importante mastigar bem os alimentos, comer devagar e sem distrações, e parar de comer quando sentir saciedade, sem exagerar nas porções.
Por fim, é essencial praticar atividade física regularmente, pois isso ajuda a queimar calorias, a aumentar o metabolismo, a reduzir o estresse e a liberar endorfinas, que são hormônios que promovem o bem-estar e a felicidade.
Lembre-se de que o peso é apenas um dos indicadores de saúde, e não o único. O mais importante é se sentir bem consigo mesmo e com o seu corpo, e buscar hábitos saudáveis que melhorem a sua qualidade de vida.