Você já se sentiu tão cansado, desanimado e sobrecarregado no trabalho que não conseguia mais dar conta das suas tarefas?
Se a resposta for sim, você pode estar sofrendo de burnout, uma síndrome que afeta cerca de 13% dos trabalhadores noruegueses, segundo um estudo da Universidade de Ciência e Tecnologia da Noruega (NTNU).
Burnout é uma resposta do corpo a situações prolongadas e exigentes, geralmente relacionadas ao trabalho, mas também influenciadas pelo equilíbrio entre a vida profissional e pessoal. Os sintomas mais comuns são a exaustão mental e física, a perda de interesse e de entusiasmo pelo trabalho, a dificuldade de concentração e de controle emocional, além de problemas de saúde, como doenças cardiovasculares, dores musculares, insônia e depressão.
Para evitar que o burnout se agrave e cause danos irreversíveis, é importante identificar os sinais precoces e intervir o quanto antes. Mas como fazer isso? É aí que entra uma nova ferramenta chamada Burnout Assessment Tool (BAT), ou Ferramenta de Avaliação de Burnout, em português.
O BAT é um instrumento que mede quatro fatores de risco de burnout: exaustão, distanciamento mental, comprometimento cognitivo e comprometimento emocional. A partir de um questionário com 23 ou 12 itens, o BAT pode indicar o nível de burnout de um trabalhador e orientar a busca por soluções.
O BAT foi desenvolvido por um consórcio internacional de pesquisadores, que inclui especialistas do Brasil e de Portugal. O instrumento já foi adaptado e testado em mais de 30 países, revelando evidências de validade e confiabilidade. O objetivo é que o BAT se torne um padrão internacional para avaliar e comparar o burnout de trabalhadores de diferentes culturas e contextos.
Segundo os pesquisadores, o BAT é uma ferramenta gratuita e inovadora na sua conceituação de burnout, que pode contribuir para a prevenção e o tratamento da síndrome. No entanto, eles alertam que o BAT não é suficiente por si só, e que é preciso criar condições e estruturas de trabalho que protejam e promovam o bem-estar dos trabalhadores.
“Podemos lidar com o burnout por meio de tratamento individual, mas isso é de pouca utilidade se as pessoas retornarem a um local de trabalho onde as demandas são muito altas e há poucos recursos. É então muito provável que o funcionário adoeça novamente. Portanto, é importante criar boas condições de trabalho e estruturas que salvaguardem a saúde dos funcionários”, diz a professora Marit Christensen, do Departamento de Psicologia da NTNU.
Fonte: Link.