Em um momento de incerteza para a ciência brasileira, pesquisadores enfrentam um futuro preocupante.
O Congresso Nacional impôs cortes significativos no orçamento de 2024 para instituições de pesquisa e universidades federais, ameaçando deixar laboratórios sem recursos básicos como água e eletricidade.
Em 2023, o governo conseguiu aumentar o orçamento para ciência e tecnologia em comparação com 2022, mas o Congresso, reduziu o orçamento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação em 6,8% para 2024.
Essa redução é especialmente prejudicial para as instituições da Amazônia, que já sofrem com um apoio federal desproporcionalmente baixo. Apenas 4% do investimento em projetos de pesquisa em 2023 foram direcionados para instituições na região Norte, que abriga a maior parte da Amazônia brasileira.
A situação cria um ciclo vicioso: instituições com menos financiamento produzem menos pesquisas, o que leva a ainda menos financiamento. Isso resultou em pesquisadores de São Paulo recebendo mais fundos públicos para estudar a biodiversidade da Amazônia do que aqueles localizados na própria região.
Apesar do cenário desanimador, alguns cientistas ainda têm esperança de receber fundos adicionais este ano. No entanto, é provável que mudanças significativas sejam adiadas para o próximo ciclo orçamentário.