A Inteligência Artificial (IA) tem sido uma ferramenta cada vez mais utilizada na produção de conteúdo para blogs.
No entanto, essa prática tem gerado debates sobre a qualidade e a originalidade do conteúdo produzido.
As ferramentas de IA para escrever textos funcionam através de algoritmos complexos que analisam grandes quantidades de dados para aprender padrões linguísticos. Esses algoritmos são capazes de gerar textos que imitam a escrita humana. No entanto, apesar de sua eficiência, essas ferramentas carecem de criatividade e originalidade, características da escrita humana.
Alguns influenciadores estão comercializando cursos e mentorias prometendo ensinar como lucrar com blogs de conteúdo gerado automaticamente por IA. No entanto, essa prática pode não resultar em ganhos financeiros e ser danosa, já que o conteúdo produzido por IA pode carecer de qualidade e originalidade.
Além disso, a criação de conteúdo por inteligência artificial sem supervisão humana pode levar à divulgação de artigos imprecisos, que são então replicados por outros blogs e sites para criar novos conteúdos. Apesar dos avanços na seleção de fontes pela IA, ainda é comum que as ferramentas busquem informações em sites questionáveis ou de qualidade inferior. Um pedido específico sobre um tópico pode levar a IA a coletar dados de qualquer site ou blog que aborde o assunto pesquisado.
Por exemplo, abril é o mês de conscientização do autismo. Se pedirmos à ferramenta de IA para criar textos sobre esse tema, ela produzirá conteúdos com base nos dados que tem ou em fontes online. Mas se formos mais precisos e solicitarmos à IA que escreva se as telas de Smartphone podem causar autismo, ela vai buscar artigos específicos, inclusive em periódicos científicos.
Na plataforma Consensus, essa pesquisa mostrará vários artigos que “indicam que o uso excessivo de telas está relacionado a sintomas mais graves do autismo e pode ser um fator de risco para o seu desenvolvimento”. A IA vai elaborar um artigo sobre isso, mas não vai considerar que não é o uso que gera o autismo, mas ele pode agravar os sintomas em determinados casos. Além disso, há estudos publicados que foram questionados por especialistas e outros indicam que “as evidências não são conclusivas devido à natureza observacional da pesquisa e potencial viés de publicação”.
O texto gerado pela IA pode mencionar uma fonte confiável, um estudo publicado em uma revista de prestígio, mas a compreensão da IA pode estar equivocada, pois ela recebeu a instrução de escrever sobre a possível relação entre telas de smartphone e autismo.
Apenas com a verificação humana podemos ter certeza de que o texto está bem escrito.
O Google e outros mecanismos de busca têm algoritmos sofisticados que são capazes de identificar conteúdo gerado por IA. Eles classificam esses conteúdos com base em vários fatores, incluindo a originalidade e a qualidade do conteúdo. Conteúdos gerados por IA tendem a ser classificados mais baixo, pois muitas vezes carecem de originalidade.
No último ano, a internet foi bombardeada de sites e blogs com conteúdo gerado por IA. Isso tem impactado negativamente a qualidade dos artigos produzidos e as informações disponíveis na internet. Muitos desses artigos carecem de profundidade e originalidade, o que pode levar a uma perda de confiança dos leitores.
Para preservar a confiança dos leitores e obter uma boa classificação nos mecanismos de busca, é essencial produzir um conteúdo original e revisado por uma pessoa. As ferramentas de IA podem auxiliar na correção e na formatação dos textos, mas o conteúdo deve ser criado por uma pessoa capacitada. Isso assegura que o texto seja único, inédito e de alta qualidade. A escrita humana não deve ser substituída pela IA na criação de conteúdo para blogs. A originalidade e a criatividade humanas são incomparáveis e são fundamentais para produzir conteúdo de alta qualidade.