Partícula que físicos buscam desde o lançamento do Grande Colisor de Hadrões (LHC, na sigla em inglês) – o maior acelerador de partículas existente – pode ser inédita.
Uma equipe de cientistas norte-americanos que estuda os misteriosos raios cósmicos que disparam verticalmente do solo da Antártida acredita que encontrou uma partícula distinta do escopo do Modelo Padrão da física, relata o canal de ciência Motherboard.
Segundo o canal, a primeira missão ANITA detectou dois “eventos semelhantes a raios cósmicos apontando para cima”, enquanto as duas missões ANITA subsequentes, realizadas em 2009 e 2014, respectivamente, detectaram outro.
Enquanto alguns físicos discutem se esse fenômeno foi causado pela “degradação da matéria escura que existe no interior da Terra” ou é “explicado por neutrinos estéreis”, um grupo de pesquisadores da Universidade Estadual da Pensilvânia, liderado pelo professor Derek B. Fox, afirma que esses raios podem ser a primeira evidência “de uma partícula que transcende o Modelo Padrão da física, a descrição mais precisa do Universo que os humanos já conheceram”.
Conforme Fox explicou, a partícula na qual sua equipe possivelmente “tropeçou” era procurada pelos físicos “desde que ligaram o LHC”.
“Eles estavam procurando por isso, mas simplesmente não a viram. O que torna isso tão empolgante é que ela potencialmente forja uma conexão direta entre os raios cósmicos e o LHC”, observou Fox.