O general da reserva Augusto Heleno, futuro ministro de Defesa no governo de Jair Bolsonaro (PSL), disse hoje (31) que as negociações na área militar com o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, são saudáveis e respeitam a soberania nacional.
“Não existe nenhuma beligerância nessa história. Já chegaram a falar que isso era pra invadir a Venezuela. Nada disso. É um tratamento normal do ponto de vista de chefes de Estado. Esse intercâmbio entre nós é comum, frequente e não envolve nenhuma segunda intenção. Não tem nenhum fantasma. Não tem nada escondido atrás da porta.”
Em entrevista exclusiva à Rádio Nacional, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), o militar afirmou que o governo Bolsonaro será pautado por três pilares: honestidade, transparência e austeridade e que o intercâmbio com as Forças Armados norte-americanas acontece desde o final da Segunda Guerra Mundial.
“A deturpação que houve disso é natural diante da pouca relevância que o assunto ‘defesa nacional’ tem, inclusive, junto aos nossos intelectuais. A defesa nacional é uma coisa vista meio que como um vírus”, afirmou. “Temos um intercâmbio frequente de conhecimento, inclusive no nível operacional”, completou.
De acordo com o general, a relação entre as Forças Armadas do Brasil e dos Estados Unidos é “extremamente saudável”. “Ambos [os países] usufruem muito com essas trocas de conhecimento. Não há nenhum preconceito em relação ao Exército americano, como existe em muitos nichos ideológicos brasileiros. Temos a nossa soberania absolutamente respeitada por eles”, destacou.
Logo após as eleições, Bolsonaro conversou com Trump e acertou um encontro nos Estados Unidos. O presidente eleito afirmou que pretende viajar na companhia do general Heleno e de Paulo Guedes, confirmado para o superministério da Economia.