O setor industrial teve mais um mês com o desempenho negativo, de acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI). O faturamento da indústria caiu 1,1% em setembro, as horas trabalhadas na produção diminuíram 0,9% e o nível de utilização da capacidade instalada recuou para 77,8% no último mês, na comparação com agosto, na série livre de influências sazonais. As informações são da pesquisa Indicadores Industriais, divulgados hoje (1º).
Para a CNI, o desemprego ainda elevado e a fragilidade financeira das famílias mantêm o consumo em baixa, o que limita a produção, deixa a ociosidade da indústria elevada e desestimula as contratações.
O faturamento é a única das variáveis pesquisadas que mostra tendência de recuperação em 2018. Mesmo com a queda registrada em setembro, o indicador cresceu 4,6% em relação ao mesmo mês do ano passado. Na mesma base de comparação, as horas trabalhadas na produção caíram 2,1%.
Os dados do mercado de trabalho também são negativos, de acordo com os indicadores. O emprego teve queda de 0,1% em setembro, frente a agosto, na série dessazonalizada. Na comparação com setembro de 2017, o emprego registra alta de apenas 0,4%.
A massa real de salários subiu 0,3% e o rendimento médio do trabalhador aumentou 0,1% em setembro ante agosto, na série com ajuste sazonal. Em relação a setembro de 2017, contudo, a massa real de salários registra queda de 1,9% e o rendimento médio tem redução de 2,2%.
A pesquisa Indicadores Industriais está disponível na página da CNI .
Por Agência Brasil.