Uma equipe internacional de cientistas acabou de confirmar a descoberta de nova galáxia anã esferoidal, encontrada por um astrônomo amador italiano.
Há algum tempo, o astrônomo amador italiano Giuseppe Donatiello tirou fotos da galáxia Andrômeda e encontrou outra galáxia até então desconhecida.
Para provar a descoberta, o astrofísico David Martínez Delgado, da Universidade de Heidelberg (Alemanha), realizou investigação e publicou um artigo sobre as características do sistema espacial nunca antes registrado.
Em seu artigo, Martínez Delgado argumenta que “é de grande interesse para a teoria da formação de galáxias realizar um inventário completo de galáxias anãs perto do Grupo Local. As imagens tomadas […] por astrofotógrafos apaixonados podem ajudar a completar o censo das galáxias de baixo brilho superficial, até agora desconhecidas”.
Essa nova galáxia anã esferoidal recebeu o nome de seu descobridor: Donatiello I.
Las observaciones realizadas con el @GTCtelescope y el @TNGTelescope han permitido confirmar el descubrimiento de la galaxia enana aislada descubierta por el astrónomo aficionado Giuseppe Donatiello: https://t.co/66VcnnSXlh ? Giuseppe Donatiello / GTC. pic.twitter.com/wMa0VBkukm
— IAC Astrofísica (@IAC_Astrofisica) November 23, 2018
As observações feitas com o Gran Telescopio Canarias (GTC), localizada em La Palma, indicam que a galáxia anã se encontra a 9,78 milhões de anos-luz do Grupo Local de galáxias — conjunto formado pela Via Láctea, a galáxia Andrômeda e a galáxia do Triângulo.
De acordo com o pesquisador, a posição e distância de Donatiello I correspondem à hipótese de que seja um satélite anão da galáxia elíptica Fantasma de Mirach localizado ao lado.
Ao mesmo tempo, indica, Donatiello I poderia ser também uma das mais isoladas galáxias anãs esferoidais conhecidas atualmente, localizadas atrás da galáxia Andrômeda.
Ao falar sobre a estrutura da galáxia recém-descoberta, o cientista indica que é composta por estrelas antigas e é muito semelhante à das galáxias companheiras da Via Láctea, como, por exemplo, Draco ou Ursa Menor.
“A ausência de estrelas jovens e escassez de gás são típicas de galáxias anãs esferoidais, que deixaram de formar estrelas há milhares de milhões de anos”, diz o coautor do estudo, Mike Beasley.
Por Sputnik Brasil.