Segundo o astrofísico Szabolcs Marka, da Universidade de Columbia (EUA), a galáxia Via Láctea tem 100.000 anos-luz de diâmetro.
“Se um evento comparável acontecer hoje a uma distância semelhante do Sistema Solar, a radiação que vai surgir poderia ofuscar o céu noturno inteiro”, acrescentou Marka, citado pelo portal Daily Galaxy.
Este evento cósmico único, próximo ao nosso Sistema Solar, deu origem a 0,3 por cento dos elementos mais pesados da Terra, incluindo o ouro, a platina e o urânio, de acordo com o novo artigo publicado na revista Nature.
“Meteoritos formados no início do Sistema Solar carregam traços de isótopos radioativos”, disse Imre Bartos, o coautor do estudo. “À medida que os isótopos decaem, eles agem como relógios que podem ser usados para reconstruir a época em que se formaram”, disse Marka.
Para chegar a essa conclusão, Bartos e Marka compararam a composição dos meteoritos com simulações numéricas da Via Láctea. Eles descobriram que uma única colisão de estrelas de nêutrons poderia ter ocorrido cerca de 100 milhões de anos antes da formação da Terra, a cerca de 1.000 anos-luz da nuvem de gás que teria formado o Sistema Solar.
Os cientistas acreditam que seu estudo conseguirá lançar luz sobre os processos de origem e composição do Sistema Solar, bem como dar início a novas pesquisas em várias disciplinas, como química, biologia e geologia, para resolver o quebra-cabeça cósmico, concluiu Bartos.