O Boeing 777 da Malaysia Airlines, que desapareceu em 8 de março de 2014 no trajeto de Kuala Lumpur para Pequim com 239 pessoas a bordo, poderia ter caído ao norte da região onde foi concentrada a maioria dos esforços de busca, informou a revista Chaos.
Uma nova abordagem matemática para analisar como os destroços de um avião se movem pelo oceano poderia servir para desvendar um dos maiores mistérios da aviação.
Usando esse novo método matemático, conhecido como modelo de cadeias de Markov, uma equipe internacional de cientistas reduziu o local onde poderia ter caído o avião. O modelo de Markov se refere a uma série de eventos, na qual a probabilidade de um evento acontecer depende de como decorreu o evento anterior. Esse tipo de cadeias foi usado para melhorar os algoritmos de busca do Google, assim como em modelos do mercado financeiro, revelou o Instituto Americano de Física, que realizou estudo.
Os cientistas utilizaram dados de satélites para monitorar boias esféricas movidas pelas correntes oceânicas, ondas e ventos ao longo do tempo, para simular para onde flutuariam os restos do avião. Uma das dificuldades é que até agora muito poucos destroços do avião foram encontrados no mar.
A variação sazonal no oceano Índico também exigiu que a equipe desenvolvesse três modelos separados para prever com precisão o movimento de destroços durante a pesquisa.
Após a análise, a área de busca estimada pelos cientistas varia de 33 a 17 graus de latitude sul no arco do satélite Inmarsat que detectou pela última vez o voo da Malaysia Airlines. Esta área está localizada ao norte da última área de busca recomendada pela Organização de Ciência e Pesquisa Industrial da Commonwealth.
O desaparecimento do voo MH370 aconteceu no dia 8 de março de 2014, quando ele voava de Kuala Lumpur para Pequim com 239 passageiros a bordo.
Após vários anos de tentativas infrutíferas de localizar os restos do avião, o governo da Malásia terminou a busca em maio de 2018, admitindo não saber o que aconteceu com o avião.