O condimento usado por todas as famílias do mundo estava mesmo à nossa vista, afirmam astrônomos.
Essa descoberta contribui de uma maneira muito empolgante para que esse mundo tão distante e misterioso nos pareça tão familiar, e poderá abrigar criaturas marinhas alienígenas.
A NASA irá em breve enviar uma missão para Europa, com o lançamento marcado para 2023.
Usando o telescópio Hubble para investigar a superfície congelada do satélite de Júpiter, cientistas identificaram presença de cloreto de sódio, mais conhecido como sal de cozinha.
Este é o mesmo ingrediente que torna os nossos oceanos assim tão salgados. Os resultados da investigação também sugerem que Europa está hidrotermicamente ativa e é capaz de abrigar vida extraterreste.
Na comunidade cientifica a teoria de que a vida na Terra se originou perto de fontes hidrotermais é bastante difundida. A assinatura química do sal de cozinha foi encontrada na estrutura geológica da superfície do satélite conhecida como Tara Regio, que tem tons amarelados.
Esta cor é visível em algumas partes da superfície e na verdade é cloreto de sódio, o componente principal do sal marinho.
“Nós temos tido a capacidade de fazer esta análise usando o telescópio espacial Hubble durante os últimos 20 anos, o problema é que ninguém se lembrou de olhar”, disse Mike Brown, cientista planetário do Instituto de Tecnologia da Califórnia.
A única sonda que tinha visitado a Europa de perto foi Galileo, no fim dos anos de 1990 e princípio dos 2000.
O professor Mike Brown, juntamente com seus colegas, usou o telescópio Hubble para examinar Europa usando a câmera de infravermelhos. Os resultados revelaram rastros eletromagnéticos de vários elementos, também conhecidos como assinaturas espectrais.
Os traços de cloreto de sódio estão mais presentes perto das falésias e fendas que atravessam a lua.
Estes fenômenos se formaram na sequência da movimentação de gelo sobre um oceano liquido, o que pode ser comparado com a movimentação de placas tectônicas na Terra. Europa não tem montanhas nem crateras.
A descoberta revolucionária, relatada na Science Advances, indica que o oceano subterrâneo salgado se assemelha quimicamente aos oceanos terrestres mais do que se pensava anteriormente.