Trata-se do Enxame Beta Tauridas, que acontece anualmente entre 5 de junho e 18 de julho, quando a Terra passa por um amplo fluxo de destroços deixados pelo cometa Encke.
Esse fenômeno não é tão conhecido como outras chuvas de meteoros, porque chega ao seu auge depois do amanhecer, fazendo com que as “estrelas cadentes” sejam mais difíceis de serem observadas.
No entanto, astrônomos acreditam que esta chuva de destroços possa conter grandes rochas espaciais e seja capaz de representar ameaça significativa à vida na Terra.
Alguns cientistas pensam que uma destas rochas espaciais poderia ter sido a causa de um dos impactos mais destruidores nos últimos tempos.
Trata-se do assim chamado Evento de Tunguska – queda de um corpo celeste que aconteceu na região da Sibéria em 30 de junho de 1908. O impacto provocou uma grande explosão, devastando uma área maior do que a cidade de Londres, e derrubando 80 milhões de árvores. Na sequência do impacto, a onda de choque arremessou pessoas a 64 quilômetros.
Acredita-se que este tipo de acontecimento acontece uma vez a cada 1.000 anos, mas alguns cientistas não excluem que tais fenômenos demorem menos para acontecer.
A Terra irá se aproximar a uma distância de 30 milhões de quilômetros do centro da chuva de meteoros Beta Tauridas em 28 de junho, sendo este o encontro mais próximo desde 1975.
Pesquisadores da Universidade do Novo México e da Universidade do Ontário Ocidental advertem que um encontro catastrófico parecido poderá acontecer, escreve The Mirror.
“Se o objeto de Tunguska [que caiu na Sibéria] tiver sido um membro do Enxame Beta Tauridas, então a última semana de junho de 2019 poderá ser a próxima ocasião com uma grande probabilidade de colisões parecidas com a de Tunguska”, apontam cientistas em um artigo publicado recentemente.
Entretanto, pesquisadores da Universidade do Ontário Ocidental afirmam que a proximidade com que a chuva de meteoros passará pela Terra nos dá uma oportunidade única de investigar os potenciais riscos.