Criada em 1999, o governo federal decidiu manter a Comissão Brasileira de Braile, ligada ao Ministério da Educação. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União pelo ministro da pasta, Abraham Weintraub.
A ideia da Comissão de Braile ligada ao MEC é desenvolver políticas públicas para educação de cegos e sistematizar a produção de livros didáticos em braile, que é a escrita usada pelos deficientes visuais.
Como em abril deste ano o governo editou um decreto com a intenção de extinguir mais de 90% dos 700 conselhos, comissões e colegiados da administração federal, a comunidade de cegos do Brasil precisou justificar a existência do órgão, como nos conta Justino Bastos, vice-presidente da Associação Brasiliense de Deficientes Visuais.
Entre as justificativas do revogaço de conselhos estava a necessidade de reduzir gastos. O Secretário de Modalidades Especiais do Ministério da Educação, Bernardo Goytacazes, informou que o MEC atuou para manter a Comissão de Braile.
O secretário informou que, para este ano, serão produzidos cerca de 24 mil livros didáticos em braile para aproximadamente 7 mil alunos do ensino fundamental e de parte do ensino médio.
Segundo o Censo Escolar de 2015, existem mais de 75 mil pessoas com alguma deficiência visual na educação básica. A produção de livros didáticos coordenada pela Comissão Brasileira de Braile também atende a outros países de língua portuguesa.