Desde o momento do cadastro, o Facebook vende a ideia aos usuários de que a rede social é gratuita e que isso permanecerá para sempre. Mas se é assim realmente, de onde vem o enorme lucro alcançado, por exemplo, no ano passado, que beirou 16 bilhões de dólares – um aumento de 56% se comparado com o mesmo período no ano anterior? A resposta é simples: vem da publicidade.
Informações pessoais dos consumidores são o maior benefício possível que o Facebook tem a oferecer aos anunciantes. Afinal, a cada compartilhamento, curtida e acesso é possível traçar todo o perfil de um usuário. “Se você deseja anunciar para pessoas com base em idade, localização, hobby, ou outro, podemos ajudá-lo a entrar em contato com aqueles que provavelmente estão interessados em seus produtos, ou serviço”, diz o Facebook, aos seus anunciantes.
Contudo, todo esse compartilhamento de informações vira e mexe é investigado pela justiça americana, que busca saber se o mesmo teve sempre o consentimento das pessoas. Assim, nesta terça-feira (20/03), o criador Mark Zuckerberg, foi até ao Parlamento britânico explicar as acusações de apropriação indevida de dados pessoais de seus usuários.
Toda essa investigação tem sido necessária, pois há grande chances de o Facebook ter favorecido a eleição do presidente americano Donald Trump. Segundo investigações do NYT e do jornal britânico The Guardian, a consultoria Cambridge Analytica, que atuou durante as eleições, teria recuperado dados de milhões de usuários de Facebook, sem seu consentimento e com tais dados, criado um programa destinado a prever e influenciar o voto dos eleitores.
Se isso tudo for confirmado, um futuro nebuloso pode se formar em torno da rede social mais utilizada no mundo.