A galáxia espiral é vista de frente, com o seu disco de estrelas em tom de rosa. Os filamentos são exibidos em verde e azul e se estendem além do disco em direção ao halo da galáxia.
Os filamentos com o campo magnético apontando aproximadamente na nossa direção estão representados em verde, e com o campo apontado para o lado oposto – em azul. Tal fenômeno de campo magnético com direção alternada nunca antes havia sido visto no halo de uma galáxia.
“Esta é a primeira vez que detectamos claramente aquilo que os astrônomos denominam de campos magnéticos coerentes e de larga escala no halo de uma galáxia espiral, com as linhas de campo alinhadas na mesma direção a uma distância de mil anos-luz. Vemos até um padrão regular deste campo organizado mudando de direção” explicou Marita Krause, do Instituto Max-Planck de Radioastronomia, Alemanha.
De acordo com cientistas do projeto Continuum Halos in Nearby Galaxies – an EVLA Survey, encabeçada por Judith Irwin da Universidade Queen’s, Canadá, a imagem revela um campo magnético coerente e em larga escala gerado pela ação de um dínamo dentro da galáxia e filamentos externos em forma de cordas magnéticas gigantes perpendiculares ao disco.
A imagem foi feita juntando dados de várias observações do telescópio VLA (Very Large Array) dispostas em ampla variedade de configurações para revelar tanto grande estruturas como partes mais detalhadas dentro da galáxia. As ondas de rádio emitidas pela galáxia foram analisadas para mostrar os campos magnéticos, inclusive suas direções, informa portal Space.
De acordo com astrônomos, as técnicas usadas para definir a direção das linhas do campo magnético, exibidas na imagem, podem também ser usadas nesta e em outras galáxias para resolver questões importantes, entre as quais a de saber se os campos magnéticos coerentes são comuns nos halos galácticos e quais as suas formas.
A Galáxia da Baleia (NGC 4631) está localizada a 25 milhões de anos-luz da Terra e tem 80 mil anos-luz de diâmetro, sendo um pouco menor que a Via Láctea.