A agência de classificação de risco Moody’s divulgou, nesta quinta-feira (5), relatório em que avalia como positiva para a economia brasileira a redução dos depósitos compulsórios do setor bancário, aprovada há uma semana pelo Banco Central (BC).
“A redução nos compulsórios é crédito positiva para os maiores bancos do Brasil, porque reduzirá os custos de financiamento ao liberar para o sistema financeiro R$ 25,7 bilhões (US$ 7,8 bilhões) de recursos depositados no Banco Central”, afirma a Moody’s.
Conforme determinou o Banco Central, a parcela do compulsório dos depósitos à vista que as instituições financeiras são obrigadas a recolher à autoridade monetária foi reduzida de 40% para 25%. Já a parcela dos depósitos na poupança rural que deve ser repassada ao BC caiu de 21% para 20%.
Para os demais tipos de poupança, a alíquota passou de 24,5% para 20%.
Além disso, o Banco Central aumentou para R$ 200 milhões (US$ 60,7 milhões) o valor que cada banco pode deduzir da base do depósito à vista para o cálculo das reservas obrigatórias. Antes, esse valor era R$ 70 milhões (US$ 21,2 milhões).
De acordo com a Moody’s, a ação do Banco Central visa a estimular o crescimento dos empréstimos, no momento em que os consumidores e as empresas começam a mostrar um apetite maior por crédito. “No entanto, um aumento no crédito dependerá estratégias de risco de crédito dos bancos, que se concentraram em empréstimos garantidos ao consumidor, crédito consignado, hipotecas, financiamento de veículos e empréstimos de curto prazo e garantidos e empresas de médio porte”, diz a agência.