Graças às emissões de chumbo acumuladas nas geleiras da ilha, pesquisadores têm a oportunidade de estudar como evoluíram e mudaram as economias das civilizações europeias.
Os cientistas tiveram a oportunidade de estudar a ascensão e o desaparecimento de antigas civilizações europeias graças à poluição de chumbo depositada no gelo da Groenlândia ao longo de diferentes períodos, relata o portal Phys.org.
No âmbito do estudo, publicado na revista Proceedings of National Academy of Sciences (PNAS, na sigla em inglês), pesquisadores dos Estados Unidos, Reino Unido, Noruega e Dinamarca recolheram amostras de gelo das geleiras da Groenlândia com o objetivo de medir, datar e analisar os traços de emissões de chumbo provenientes da Europa acumulados nas camadas de gelo entre 1100 a.C. e 800 d.C.
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Exploradores conectam as emissões de chumbo durante os tempos antigos com a mineração de metais, como prata e fabricação de moedas na Europa. As emissões foram levadas pelos ventos sobre o oceano e assentaram nas geleiras.
Além disso, usaram diferentes tecnologias para estudar os vestígios desse elemento e comparar sua concentração com eventos históricos significativos da época.
A concentração das emissões de chumbo começou a aumentar aproximadamente em 900 a.C., quando os fenícios traçaram as rotas comerciais no Mediterrâneo ocidental. Segundo os dados da pesquisa, as emissões de chumbo aumentaram durante os períodos de paz, mas caíram durante as guerras e catástrofes. O nível mais alto de poluição corresponde ao florescimento do Império Romano.
Da mesma forma, caiu durante a peste dos Antoninos e a praga de Cipriano, duas pragas que afetaram o Império no segundo e terceiro séculos.