O dólar americano está se tornando menos desejável para os investidores à medida que a dívida norte-americana continua crescendo e o dólar é impresso para cobri-la, disse o investidor americano Jim Rogers no Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo (SPIEF).
“O dólar será maior do que agora porque a turbulência está chegando. Depois, será superestimado e as pessoas olharão em volta e dirão: ‘Os Estados Unidos têm a maior dívida da história do mundo. Está imprimindo dinheiro o mais rápido que pode'”, ressaltou o investidor.
A moeda americana perderá o status de principal moeda de reserva muito antes de 2030, declarou Rogers na sessão do clube de discussão Valdai, realizada como parte do SPIEF.
As pessoas verão o que Brasil, Rússia, China, Índia, Irã e outros países em desenvolvimento estão fazendo, afirmou Rogers.
Rogers continuou dizendo que organizações tais como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial “nunca estiveram certos sobre nada” e deveriam ser abolidas, já que elas são politicamente dependentes dos Estados Unidos há décadas.
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“Eles estão formando uma moeda concorrente no momento”, acrescentou. Assim, uma alternativa ao dólar virá de países que “foram mandados pelos EUA, e eles não gostam disso, mas têm poder suficiente para fazer algo a respeito”.
Falando separadamente para RT, o empresário destacou que sanções e guerras comerciais são as maiores ameaças à estabilidade econômica mundial. “O mundo aprendeu ao longo da história que o fechamento [de mercados] não é bom, a abertura [de mercados] é boa”, disse Rogers.