O quentão é uma bebida quente feita com vinho ou cachaça, açúcar, gengibre, cravo, canela e frutas como laranja, limão e maçã. É uma das delícias típicas das festas juninas no Brasil, que acontecem nos meses mais frios do ano. Mas você sabe qual é a origem do quentão?
Segundo o folclorista Amadeu Amaral, em seu livro O dialeto caipira, publicado em 1920, a palavra quentão é de origem caipira e significa “muito quente”. Ele também afirma que a bebida era usada pelos caipiras para se aquecerem nas noites frias e para curar resfriados e gripes.
No entanto, não há uma certeza sobre quando e onde o quentão surgiu. Alguns historiadores acreditam que ele tenha sido influenciado pelo vinho quente europeu, que era consumido pelos colonizadores portugueses. Outros defendem que ele seja uma adaptação da sangria espanhola, que leva vinho tinto e frutas.
Já a versão com cachaça pode ter sido criada pelos escravos africanos, que usavam a aguardente para se protegerem do frio e das doenças. A cachaça também era mais barata e acessível do que o vinho na época colonial.
O fato é que o quentão se tornou uma bebida popular nas festas juninas, que são celebrações de origem católica em homenagem aos santos Antônio, João e Pedro. Essas festas também incorporaram elementos da cultura indígena, africana e caipira, como as fogueiras, as quadrilhas e as comidas típicas.
Hoje em dia, existem diversas receitas de quentão pelo Brasil afora, com variações nos ingredientes e no modo de preparo. Há quem prefira o quentão de vinho, mais suave e aromático, e quem goste mais do quentão de cachaça, mais forte e encorpado. Há também quem acrescente outras frutas, como abacaxi e morango, ou até mesmo chocolate.
O importante é que o quentão seja servido bem quente, em canecas de barro ou louça, para manter a temperatura e o sabor. E claro, que seja apreciado com moderação e responsabilidade.
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