O fornecimento de gás da gigante russa do setor de energia, Gazprom, à China não afetará o fornecimento para a Europa, segundo afirmou nesta segunda-feira (17) a diretora-geral de exportações da empresa, Elena Burmistrova.
Mais cedo, ainda em setembro, um oficial da Administração Nacional de Energia da China (NEA), afirmou que Pequim pretende aumentar as importações de gás da Rússia e do Cazaquistão em um futuro próximo. Também neste mês a empresa russa Rosneft e a Corporação Chinesa de Petróleo e Gás (CNPC) concordaram em aumentar a cooperação na área de exploração e de extração.
“Eu diria que isso não afetará nossa relação com a Europa. Eles sempre foram naturalmente nossos clientes e também parceiros, geograficamente. Nós temos sorte de estarmos bem no meio. A China é nossa nova parceira e estamos felizes de que nosso projeto está finalmente em voga e que podemos falar de novas opções. Isso acontecerá em áreas diferentes e não acredito que isso afetará de alguma forma nossas entregas à Europa”, afirmou Burmistrova.
Em 2014, a Gazprom e a chinesa CNPC assinaram um acordo que abrange a entrega de 38 bilhões de metros cúbicos de gás natural anualmente da Rússia aos chineses. O acordo estipula a construção de uma infraestrutura apropriada para a entrega do gás.
No ano que vem, as duas empresas pretendem assinar um novo acordo para a construção de um gasoduto ocidental, conhecido como Poder da Sibéria 2. O gasoduto está planejado para suprir a rota leste — do gasoduto Poder da Sibéria — e terá a capacidade anual de 30 bilhões de metros cúbicos.
Por Sputnik Brasil.