Em comunicado do dia 5 de julho, revelado apenas nesta terça-feira (9) pela imprensa francesa, a AESA, sediada na Alemanha, afirma que foram detectados “casos de fissuras” nas asas de alguns A380, fabricados há mais de 15 anos.
A nota técnica não traz recomendação para que as aeronaves deixem de voar, mas afirma que se problema não for detectado e corrigido, ele poderia “reduzir a integridade estrutural das asas”. A inspeção deve ser feita por ultrassom.
Atualmente, 234 Airbus A380 estão em circulação e os modelos antigos, que podem apresentar eventuais problemas, representam um pouco mais de 10% da frota. A orientação da agência europeia é considerada uma ação provisória e limitada apenas às asas das 25 aeronaves mais antigas.
A Emirates Airlines é a maior operadora mundial do A380, com 92 aviões em sua frota, que se revezam em 40 destinos. São Paulo é um deles, com voo diário para Dubai.
Airbus apoia decisão
A Airbus apoia a decisão da AESA. Após a divulgação da notícia pela imprensa, o construtor europeu divulgou um comunicado confirmando “que pequenas fissuras foram detectadas”, mas garantiu que isso “não impede os A380 de voar com toda segurança”.
A empresa informa que já desenvolveu um programa para a inspeção e conserto das asas que podem ser realizados durante a manutenção das aeronaves. Todas as companhias aéreas que operam com o A380 foram informadas do risco, apontou o comunicado.