Considerado por alguns antropólogos como o ancestral da humanidade, o Australopithecus sediba surgiu mais provavelmente quando já existiam outras espécies do gênero Homo, e portanto pertenceria a um ramo lateral da evolução, diz o estudo divulgado no dia 8 de maio na revista científica Science Advances.
A espécie de hominídeo em questão, cujos restos fósseis mais antigos datam de cerca de 1,98 milhões de anos atrás, marcaria a transição de um gênero para outro ao combinar as características de australopithecus e humanos ao mesmo tempo, de acordo com os autores do estudo Andrew Du e Zeresenay Alemseged, da Universidade de Chicago (EUA).
A tese não foi refutada mesmo após a descoberta, em 2015, de um maxilar de 2,75 e 2,8 milhões de anos, pertencente a um indivíduo do gênero Homo.
Os cientistas calcularam que a probabilidade para a eventual coexistência das duas espécies é praticamente nula (0,09%), estimando isso com base no fato de o tempo médio de existência das espécies de símios não exceder um milhão de anos.
Devido a isso, o estudo sugere que o ancestral mais provável dos humanos seja o Australopithecus afarensis – o primata que precedeu o primeiro Homo e compartilhou com ele algumas características morfológicas.