A morte de Marielle Franco na última quarta-feira parou o noticiário do país e muitos famosos, políticos e até celebridades internacionais comentaram sobre o ocorrido. Quem não se posicionou sobre o caso sofreu uma pressão imensa nos últimos dias.
Foi assim com políticos, artistas e influenciadores digitais, que após a pressão, acabaram emitindo suas opiniões nas redes sociais. E não podia ser diferente com a Anitta. O silêncio da cantora não passou despercebido, principalmente depois que a Katy Perry falou sobre Marielle em seu show no Rio de Janeiro.
Mas nesta segunda-feira (19), a cantora resolveu se pronunciar e divulgou um texto em seu Instagram sobre o caso. Segundo o post, ela iria se manifestar em alguns meses, mas resolveu antecipar a mensagem por causa do “ódio gratuito dos internautas”.
Confira abaixo o post completo:
“Eu ia fazer um post daqui um tempo… que era quando eu achava que faria sentido pra mim. Mas não tive muita paciência pra aturar o ódio gratuito dos internautas até lá. Então.. se alguém estiver interessado em saber minha opinião sobre o caso Marielle, leia esse texto imaginando que o escrevi daqui 3 meses. / Marielle ainda está presente? Espero que sim, espero que pra sempre. Essa seria a melhor demonstração da frase “o feitiço virou contra o feiticeiro” que já presenciei. Quem achou que calaria uma voz tão alta com um tiro se enganou. Milhões de brasileiros fizeram com que essa morte não fosse em vão e essa voz não se calasse. Eles pensam “daqui um mês o povo esquece”. Não se esqueçam, povo, por favor. Ainda lembramos da juíza Patricia Acioli (morta nas mesmas circunstâncias)?, ainda lembramos do menino João Hélio? Sentimos a dor da perda de cada policial que morre em serviço? Espero que sim. Não me importa se Marielle era de direita, de esquerda, de frente, de costas , lésbica, ou mãe precoce ou sabe lá mais o que. Ninguém merece morrer. Nada justifica que se tire a vida de qualquer pessoa. Acredito que a própria não pediria a morte dos corruptos que denunciava. Pedir justiça é diferente de pedir a morte. Para mim, Anderson, seu motorista, era tão importante quanto ela, pois são todos seres humanos. Se ela não fosse feminista como eu, também teria meus sentimentos, se nao fosse favelada como eu, também teria meus sentimentos. De esquerda, direita, hetero, gay, pecador, religioso, o que for… Ninguém merece morrer.”