Durante o final de semana ataques a venezuelanos foram registrados na região da fronteira entre Brasil e Venezuela, em Roraima, fazendo com que milhares deles voltassem ao país de origem. Cerca de 1,2 mil pessoas retornaram à Venezuela, segundo o Exército brasileiro.
No sábado (18), os moradores de Pacaraima, em Roraima, atacaram venezuelanos, destruindo barracas e ateando fogo em abrigos. O ataque seria uma resposta a um assalto supostamente cometido por venezuelanos contra um comerciante brasileiro, que permanece internado em estado de saúde estável.
O presidente Michel Temer realizou reunião de emergência e determinou ações na região. Entre as medidas definidas está a intensificação do envio de venezuelanos para outros estados do país, no entanto, ainda sem cronograma. Além disso, um abrigo de transição será construído em Roraima, onde atualmente vivem 4 mil venezuelanos.
O presidente Michel Temer também ofereceu o emprego de militares na região através o uso da Garantia da Lei e da Ordem, o que ainda depende da governadora do estado, Suely Campo (PP-RR). A governadora já pediu, inclusive, o fechamento da fronteira, o que negado pelo Supremo Tribunal Federal.
A chancelaria da Venezuela se pronunciou pedindo que o governo brasileiro garanta a segurança dos cidadãos venezuelanos.
Este ano, entre abril e julho, 690 venezuelanos foram levados de Roraima a outras cidades do país, a maioria para São Paulo e Manaus.