Um relatório da ONU sobre meio ambiente avisou que as mudanças climáticas iminentes poderão causar secas, fome e inundações. Porém, um professor de história prediz que o degelo do permafrost (camada de solo permanentemente congelada) pode liberar um mal ainda maior.
Peter Frankopan, professor de história mundial da Universidade de Oxford advertiu que o aquecimento global e o consequente degelo das geleiras do Ártico poderão liberar vírus adormecidos há muito tempo ameaçando à humanidade com um impacto sério.
Segundo o jornal Daily Star, o aviso de Frankopan surge após alguns especialistas ambientais terem dito que “restam apenas 12 anos para agir e impedir que o aquecimento global não supere 1,5 grau Celsius.
No entanto, o professor duvida que os países consigam refrear o aquecimento global a este limite, bem como as consequências das mudanças climáticas não se limitarão a “inundações, secas, calor extremo e pobreza para centenas de milhões de pessoas”, indicadas no relatório da ONU na semana passada.
“Se passarmos por essa mudança de grau, não será mais difícil visitar as Maldivas nas férias ou [que teremos problemas referentes com] migração de pessoas. É sobre o que acontecerá quando o permafrost descongela e libera os agentes biológicos que têm permanecido enterrados por milhares de anos”, disse.
Segundo Frankopan, “na década de 1340, uma mudança de 1,5 grau de aquecimento da atmosfera da Terra permitiu que um micróbio pequeno se desenvolvesse na peste negra”.
A peste negra ou peste bubônica foi uma das pandemias mais devastadoras na história humana que se espalhou pela Eurásia no século XIV.
Causada pela bactéria Yersinia pestis, a doença matou quase 60% da população da Europa naquela época.
Por Sputnik Brasil