A Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro (DPRJ) obteve decisão favorável na Justiça revogando a prisão preventiva do artista circense Pablo Dias Bessa Martins, um dos 159 detidos em operação policial contra a milícia Liga da Justiça, feita durante festa em um sítio, na zona oeste do Rio. Pablo é um dos 40 presos assistidos pela instituição nesse caso.
A decisão foi publicada pela 2ª Vara Criminal de Santa Cruz, que determinou a expedição do alvará de soltura dele. Caso seja formalmente acusado pelo Ministério Público, Pablo responderá a ação penal em liberdade.
A operação da Polícia Civil ocorreu no dia 7 deste mês, em Campo Grande. A milícia Liga da Justiça é considerada uma das mais violentas do Rio. Quatro pessoas morreram no confronto. Ao todo, foram apreendidas 24 armas, sendo 13 fuzis, pistolas e revólveres, uma granada, 76 carregadores e 1.265 munições, além de 11 carros roubados.
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De acordo com o juiz Eduardo Marques Hablitschek, o direito de Pablo responder em liberdade ficou demonstrado de modo suficiente pelo fato de ele ser primário, não possuir antecedentes criminais e ter residência fixa, além de ter sido comprovado pela defesa que ele é profissional circense.
Pablo Dias está com viagem de trabalho marcada para o dia 24, para Estocolmo, e tem “com vasta documentação acostada aos autos, como cópias do passaporte, comprovante de residência, do bilhete aéreo e do contrato de agenciamento, além do currículo dele e da Permissão de Residência do Consulado Geral da Suécia no Rio de Janeiro, entre outros”, segundo disse o magistrado, em sua decisão.
O subcoordenador de Defesa Criminal da Defensoria Pública Ricardo André de Souza informo que a instituição aguarda o julgamento dos 39 pedidos de liberdade que protocolados na Justiça.
O juiz Eduardo Marques disse, em outro trecho da decisão, que “no caso de Pablo, o fator que o diferencia de todos os outros presos é a comprovação documental de que passa a maior parte de sua vida atualmente fora do país. Com isso, resta demonstrado a fragilidade dos laços que mantém em sua terra natal, especialmente o suposto envolvimento em atividade criminosa”, concluiu.