A busca da humanidade para encontrar vida extraterrestre ainda está em sua fase inicial, acredita cientista pioneira no ramo, citada pelo Express.
A velha ideia de que não estamos sozinhos no Universo faz com que pessoas imaginem, nas mais diversas formas, a existência de alienígenas.
Todas essas questões alimentam o Paradoxo de Fermi, que é a aparente contradição entre a alta probabilidade de existência de civilizações extraterrestres e a falta de evidências sobre a existência dessas civilizações.
Segundo a teoria, a Terra ainda é comparativamente inexperiente em relação a viagens interestelares e, provavelmente, os aliens já devem ter entrado em contato com nosso planeta.
A prestigiada astrônoma americana Jill Tarter acredita que a busca por evidências de vida extraterrestre, ainda está na etapa inicial.
“O universo é enorme […] Se você construir um modelo matemático, a quantidade de pesquisas que fizemos em 50 anos é equivalente a retirar um copo de água dos oceanos da Terra para procurar um peixe”, disse a cientista.
Apesar de a humanidade ter ainda muito trabalho pela frente, a Drª Tarter salienta que o progresso tecnológico exponencial é a chave para a pesquisa.
“A inteligência artificial [IA] é uma oportunidade maravilhosa que não tivemos na última década”, disse, adicionando que “a IA e as redes neurais podem ser treinadas para procurar dados” e transmitir informações relevantes.
Recentemente, a NASA anunciou que procurará civilizações alienígenas através das avançadas “technosignatures” (assinaturas tecnológicas, em tradução livre), ou seja, sinais de tecnologias provenientes de outras partes da galáxia.
Alguns cientistas, incluindo o famoso físico Stephen Hawking, advertiram contra a tentativa de contatar alienígenas, devido a preocupações de que eles possam ser muito “mais poderosos e podem não nos ver como mais valiosos que a forma como nós vemos as bactérias”.
“Se eles puderem vir para cá, então a tecnologia deles é extraordinariamente mais avançada do que a nossa, e isso implica que tiveram mais tempo para desenvolverem essa tecnologia […] portanto, eu concluiria que eles seriam mais velhos do que nós como civilização”, explica.
A cientista finaliza sugerindo que essa possível civilização tecnológica talvez tenha perdido suas tendências agressivas para se tornar sustentável e, por isso, pode já não ser uma ameaça para nós.