Uma bomba aérea da 2ª Guerra Mundial explodiu parcialmente em Dresden, na Alemanha. Cerca de 8.700 moradores foram evacuados da área.
Segundo a mídia alemã, a explosão aconteceu na noite de 23 de maio às 23h08 do horário local (18h08 no horário de Brasília). Com a ajuda de um robô de controle remoto, especialistas conseguiram desativar o detonador. Logo em seguida o projétil começou a faiscar e detonou parte dos componentes explosivos.
A rede Deutsche Welle informa, citando fontes policiais, que ninguém ficou ferido durante o incidente e houve apenas perdas materiais. A polícia publicou no Twitter um mapa da área que a população tinha que evitar até que o trabalho fosse concluído.
O incidente causou transtornos no aeroporto da cidade: muitos voos foram cancelados ou suspensos. Olesya Ulanova, que está atualmente em Dresden, relatou à Sputnik que a companhia aérea Aeroflot comunicou que o voo foi suspenso devido à operação de desminagem da bomba.
“Eles dizem que os voos serão retomados na sexta-feira [25 de maio]. Tudo está calmo na cidade”, compartilhou.
A desativação de bombas de meados do século XX é frequente na Alemanha e muitas vezes requer evacuações. No entanto, as operações raramente envolvem graves complicações como esta de Dresden.
Veja mais:
– Ator Morgan Freeman é acusado de assédio sexual por oito mulheres
– Acredite se quiser: Casamento real fez cair tráfego do maior site pornô no mundo
Dresden é uma das cidades onde há mais projéteis desse tipo. No final da 2ª Guerra Mundial, quando faltavam três meses para a capitulação da Alemanha nazista, a cidade foi alvo de bombardeios intensos de saturação pela Força Aérea Real britânica e pela Força Aérea dos EUA. Mais de mil bombardeiros lançaram mais de 4 mil toneladas de bombas altamente explosivas e dispositivos incendiários na capital da Saxônia, causando a destruição do centro histórico da cidade e morte maciça de civis.
Assim como os bombardeios de Hiroshima e Nagasaki, o de Dresden ainda é um dos episódios mais polêmicos da 2ª Guerra Mundial e ainda persiste o debate sobre se foi uma operação de interesse estratégico ou um crime de guerra indiscriminado.