Foi anunciada nesta segunda (22) a criação da BP Bunge Bionergia, uma joint venture 50%-50% entre a BP e a Bunge para atuar no mercado brasileiro de etanol e energia. A empresa terá 11 unidades no Brasil, com capacidade para processar 32 toneladas de cana-de-açúcar por ano, abastecidas por plantas de cogeração a bagaço – que também vão vender energia sobressalente no mercado.
A criação da nova empresa ainda precisa ser autorizada por autoridades regulatórias e a conclusão do negócio é prevista para o quarto trimestre de 2019.
As empresa vão combinar negócios na área de biocombustível, bioenergia e açúcar na nova sociedade. Está previsto um pagamento de US$ 75 milhões da BP para a Bunge. E a nova empresa também vai assumir dívidas com financiamentos associadas a ativos da Bunge.
Em comunicado conjunto, as empresas destacaram a expansão dos negócios em biocombustíveis e bioenergia no Brasil e o papel que essa indústria terá na transição energética. Em 2018, considerando a operação conjunta de Bunge e BP, as empresas produziram 2,2 bilhões de litros de etanol e comercializaram 1,2 GWh de energia.
A sede da BP Bunge Bioenergia deve ficar em São Paulo. O presidente executivo da joint venture será Mario Lindenhayn (BP) e o CEO, Geovane Consul (Bunge). Marcus Schlosser (BP) assumirá como CFO. A diretoria será igualmente partilhada entre as companhias.
“A participação da BP na nova empreitada vai aumentar seus negócios existentes em biocombustíveis em mais de 50%”, afirmou a companhia em nota.