O Brasil viveu o mês de julho mais quente desde que o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) começou a registrar as temperaturas em 1961.
Segundo o órgão, a média das temperaturas máximas e mínimas do país ficou 2,6°C acima da média histórica, superando o recorde anterior de 2014, quando a diferença foi de 2,4°C.
O recorde de calor no Brasil reflete uma situação global, já que o planeta também teve o mês mais quente do registro histórico, segundo dados divulgados pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA). A temperatura média global em julho foi 0,93°C superior à média do século 20, batendo o recorde de 2016 por 0,01°C.
As áreas que registraram maior aumento de temperatura no Brasil foram o sul da Amazônia, o Centro-Oeste e o Sul. Em ao menos seis capitais – Rio Branco, Porto Velho, Cuiabá, Campo Grande, Curitiba e Florianópolis – as médias de temperaturas máximas e mínimas do mês ficaram acima do esperado. Em Cuiabá, por exemplo, a temperatura média foi de 28°C, sendo que a normal climatológica é de 23,9°C.
A previsão para os próximos três meses também aponta para um aumento nas temperaturas médias entre 1°C e 1,5 ºC, principalmente no Norte e no Centro-Oeste. Segundo o Inmet, isso se deve à influência do fenômeno La Niña, que provoca um resfriamento das águas do Pacífico e altera os padrões de chuva e vento na América do Sul.
O aumento das temperaturas tem impactos diretos na saúde humana, na biodiversidade e na produção agrícola. Além disso, contribui para agravar a crise hídrica que afeta diversas regiões do país, especialmente o Sudeste e o Centro-Oeste. A falta de chuvas reduz os níveis dos reservatórios das hidrelétricas e aumenta o risco de apagões e racionamento de energia.
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