Ao vencer na final contra a chinesa Lin Sheng, por 13 toques a 12 com morte súbita, ela sucedeu a italiana Mara Navaria, sua amiga, que comemorou com a brasileira após a final. Ela é a primeira atleta brasileira a fazer soar o hino nacional no Campeonato Mundial de Esgrima.
“Para mim, é muito especial, estou dedicando essa vitória ao meu pai, que perdi no ano passado, e ele me disse para nunca desistir e continuar indo até o fim dos meus sonhos. Leva muito tempo, o importante é acreditar e continuar”, disse Moellhausen, em lágrimas.
Medalhista de bronze no Campeonato Mundial em Paris em 2010, ela representava na ocasião a Itália e já havia conquistado o título mundial de equipe em 2007. Em 2013, ela se mudou para o Brasil e jogou em casa os Jogos do Rio em 2016, treinada por Laura Flessel, onde perdeu nas quartas de final contra a francesa Lauren Rembi.
Filosofia e coreografia
“Foi o meu último Campeonato Mundial, é verdade, e tem as Olimpíadas. Pelo menos os Mundiais eu fiz bem, tem sido uma longa jornada, eu vim para a França para treinar fazem 12 anos “, acrescentou ela, olhos avermelhados pela emoção.
Com este título mundial, ela quase garantiu seu lugar nas Olimpíadas de Tóquio, que representará o último desafio de sua carreira. Formada em filosofia na Sorbonne em Paris, ela fundou sua própria produtora e realizou a coreografia da cerimônia de abertura do Campeonato Mundial de Esgrima de 2010 em Paris, no Grand Palais.