Os líderes dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) anunciaram nesta quinta-feira (24) a expansão do bloco, convidando oficialmente seis países para se tornarem membros plenos: Arábia Saudita, Argentina, Egito, Emirados Árabes, Etiópia e Irã.
A decisão foi tomada durante a 15ª cúpula do grupo, realizada de forma virtual sob a presidência rotativa da Índia.
Em uma declaração conjunta divulgada após a reunião, os Brics afirmaram que a ampliação do bloco visa fortalecer a cooperação entre os países em desenvolvimento e aumentar a representatividade do grupo nas questões globais. Os novos membros serão integrados gradualmente ao mecanismo de consulta e coordenação dos Brics, que inclui reuniões regulares de ministros, altos funcionários e grupos de trabalho.
Os Brics também defenderam uma reforma abrangente da Organização das Nações Unidas (ONU), incluindo o seu Conselho de Segurança, para torná-lo mais democrático e representativo dos países em desenvolvimento. Eles reiteraram o apoio às aspirações do Brasil, da Índia e da África do Sul de se tornarem membros permanentes do órgão, que atualmente é composto por cinco países: Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido.
Outro tema abordado pelos líderes dos Brics foi o uso de moedas locais no comércio exterior entre os países do grupo. Eles decidiram ampliar o uso dessas moedas, encarregando os seus ministros das finanças e presidentes dos Bancos Centrais de considerarem a questão dos instrumentos de pagamento em moedas locais e de estudarem formas de facilitar as transações comerciais e financeiras entre os membros.
Os Brics também criticaram a utilização de medidas coercitivas unilaterais contra alguns países do grupo, como as sanções impostas pelos Estados Unidos ao Irã e à China. Eles afirmaram que essas medidas são incompatíveis com os princípios da Carta da ONU e produzem efeitos negativos no mundo em desenvolvimento. Eles pediram o respeito à soberania nacional e ao direito internacional.
A cúpula dos Brics foi encerrada com a adoção da Declaração de Nova Delhi, que resume os principais pontos discutidos pelos líderes e as áreas prioritárias de cooperação para o próximo ano. A presidência rotativa dos Brics passará da Índia para a China em 2024.
Gosta do nosso conteúdo?
Este texto foi gerado com o auxílio de ferramentas de IA. Viu algum erro? Avise!