Como sabemos, os buracos negros são destruidores em uma escala cósmica, entretanto, eles também podem abrigar vida.
De acordo com novas pesquisas, a radiação emitida por eles durante frenéticas de alimentação pode gerar blocos de construção biomolecular, além de fotossíntese de potência, resultando em diversos outros mundos orbitando pela Via Láctea, que poderiam abrigar vida, afirmam os especialistas.
Cientistas criaram modelos computadorizados com o objetivo de observar os discos de gás e poeira chamados de núcleos ativos de galáxia, que giram em torno dos buracos negros supermassivos, aponta estudo publicado na Astrophysical Journal.
Esses núcleos se formam conforme a gravidade de um buraco negro suga a matéria e conforme essa matéria gira em torno de um buraco negro, liberando uma grande quantidade de luz e radiação.
Essa radiação poderia ser o motivo de não vermos nenhuma vida extraterrestre complexa em direção ao centro da Via Láctea, conforme o portal Live Science.
Anteriormente, cientistas descobriram que dentro de 3.200 anos-luz de um núcleo galáctico ativo do tamanho de Sagittarius A* (onde está localizado o buraco negro da nossa galáxia), os raios X e a luz ultravioleta podiam remover as atmosferas dos planetas semelhantes à da Terra.
Os estudos também sugerem que mundos com atmosferas mais densas que as da Terra ou longe o suficiente de um núcleo ativo para reter suas atmosferas poderiam ter uma chance abrigar vida, pois em determinadas distâncias, há uma zona galáctica que recebe a quantidade certa de radiação ultravioleta, com isso, a atmosfera não seria removida e haveria compostos necessários para a construção de proteínas, lipídios e DNA, que são os pilares da vida.
Além disso, os núcleos ativos de galáxia emitem grandes quantidades de luz, que favorece a fotossíntese, sendo algo fundamental para as plantas.
Os raios X e raios gama, expelidos pelos núcleos ativos em grandes quantidades, também são absorvidos por atmosferas semelhantes à da Terra e provavelmente não teriam uma grande influência na vida.
“Olhando para o que sabemos sobre a Terra, surge sugestão de que talvez os efeitos positivos pareçam ser estendidos sobre uma região maior do que os efeitos negativos”, afirma Manasvi Lingam, autor do estudo e astrônomo da Universidade de Harvard.