A Dinamarca deve se tornar o terceiro país nórdico a eleger em um ano um governo de esquerda, uma vez que os eleitores se rebelaram nas eleições dessa quarta-feira (5) contra as medidas de austeridade e desferiram duro golpe aos nacionalistas de direita.
Os dinamarqueses buscaram o fim do governo do primeiro-ministro Lars Lokke Rasmussen nas eleições, abrindo caminho para que a líder social-democrata Mette Frederiksen, de 41 anos, se torne a primeira-ministra mais jovem do país, já que seu partido liderou a corrida juntamente com a oposição de esquerda.
O bloco de oposição de esquerda obteve 96 cadeiras no Parlamento, contra 79 do governista Partido Liberal e outras legendas de direita, mostraram os resultados finais.
O nacionalista Partido Popular da Dinamarca, que apoiou um governo de minoria de Rasmussen, parece ter perdido a vantagem por causa do apoio da maioria dos grandes partidos a posturas mais firmes em relação à imigração, perdendo mais da metade de seus eleitores desde as eleições de 2015.
A promessa de Frederiksen de aumentar os gastos com benefícios sociais depois de anos de austeridade, acompanhada de sua postura firme em relação à imigração, foi bem-sucedida.
O modelo nórdico sempre foi o padrão ideal para benefícios de seguridade social para muitos políticos de esquerda no mundo. Mas o envelhecimento das populações levaram governos a iniciar o desmonte do Estado de bem-estar social total.